Here are the first three parts of the interview!

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Interview (1/3) – Learning French

00:00
Quais idiomas você sabe que você e qual o seu nível em cada um deles.
É.. bom, eu falo o inglês é… num nível intermediário, talvez o início do
avançado. E eu falo o francês, é… mas o francês eu não sei escrever muito
bom, porque eu aprendi falando mesmo no tempo que eu estive na
França morando, que foi em dois mil e onze e dois mil e treze (2011/2013).
Então eu me relacionei muito né com pessoas onde eu tava morando –
franceses – e tive a oportunidade de… – é, eu entendo e falo um pouco, me
comunico, né. Então, consigo viajar pra lá numa boa, resolver tudo o que
eu preciso.

01:02
Você aprendeu francês lá, mas sem estudar ou sem fazer curso, você só
aprendeu lá no país mesmo. Como é que foi isso?
Eu, eu fiz é… apenas o início do curso, né? Eu fiz o básico 1, o básico dois eu
acho que eu fiz duas vezes mas eu nunca terminei
Você estudou lá na França ou aqui no Brasil antes de ir?
Aqui no Brasil, no Brasil. Na França eu tinha uma amiga, uma senhora de
idade, que toda sexta-feira eu ia pra casa dela e ela me ensinava algumas
palavras, né, eu tomava um chá com ela e ela me ensinava um pouco de
francês.

01:38
Eu acho que esse é o jeito mais legal de aprender, com a pessoa assim… vai
te ensinando, cê vai passando um tempo junto com ela, cê vai… mas é
legal essa experiência de aprender no país também

01:51
Eu tenho uma grande vantagem com relação ao francês, porque é uma
língua que pra mim é música para os ouvidos. Eu amo o francês, eu acho
maravilhoso de escutar, eu gosto da cultura, eu gosto do povo, eu gosto da
comida. Então assim, o francês ele me cativa, então, acho que isso facilita
muito pra mim né.. tanto que às vezes já teve francês no trabalho que
falou “ah esse é o que fala francês bem e tal” e eu nem falo, eu sou falo um
básico, só que eu acho que eu falo com muita naturalidade, entendeu?
Porque você aprendeu mais com eles, né? Conversando e tal
É uma coisa que eu amo. Não tive que aprender forçado, entendeu? Não,
eu amo.

Sim, sim, eu já sou contrário, eu nunca gostei muito de francês e eu decidi
aprender e aprendi. Até hoje eu não gosto muito. Mas o francês foi um
idioma muito de legal de aprender, porque eu consegui de muitos países
diferentes. Já conversei com pessoas da África, foi muito legal, quando eu
tava começando a aprender, foi uma experiência muito legal, muito
diferente, porque é uma cultura muito diferente da nossa, né, eu já
conversei com gente da França do Canadá, do Marrocos. Então acho que
foi o idioma que eu conversei com mais gente diferente assim. E era
exatamente o meu objetivo aprendendo. Eu pensei, pô, tem muitos países
que fala.. que falam* francês, então deixa eu aprender um idioma que é
mais amplo assim e.. mas eu realmente não gosto muito e minha
pronúncia é horrível, eu sou péssimo pronunciando francês.

03:33
Esses dias eu vi um artigo naquele TED, sabe o TED.com. É justamente
sobre essa questão de aprender línguas, eu tenho que ver o vídeo todo
depois e aí eu até te mando. Mas eu acho que o cara falava um pouco
sobre essa questão da gente amar, gostar da língua, se envolver com ela
com a cultura, com a comida, o máximo que.. (puder).. essa imersão e aí a
coisa fica mais fácil.. eu acho que…

A imersão não só no idioma, mas a imersão cultura também, você provar
da cultura, conversa com as pessoas, passar tempo com as pessoas.

Interview (2/3) – A full French meal

E como que foi lá na França a experiência, tipo, o que você, sei lá, o que
que você viu o que que você fez, o que que você comeu lá de…
(diferente/bom)?

Eu, algumas vezes comi na casa de amigos, então eu tive a oportunidade
de experimentar como que é uma refeição francesa.. é… então assim, eu vi
lá que a gente belisca alguma coisa no início, toma o que eles chamam de
appéritif, é uma bebida ali no início e aí depois a gente vai pra uma
entrada…

Vinho? Normalmente

Não primeiro só um appéritif, um aperitivo em português

O quê que é isso?

Pode ser um champagne com alguma outra coisa, um pouquinho de
champagne com alguma outra coisa e aí o troço fica rosa. Eu… eu só marco
gol eu não fico perguntando muito não e aí depois tipo assim aí a gente
senta na mesa aí tem uma entrada, depois tem dois pratos principais, por
exemplo assim um peixe, uma carne. Aí, depois do prato principal, aí a
gente vai pra uma roda de queijo. Aí eles chegam com uma roda com
vários queijos e aí você pega os pedaços dos queijos que você quer, bota
no prato, come. Aí depois dessa roda de queijo vem a sobremesa e aí
depois da sobremesa, a gente toma uma café. Aí já vai pra cama dormir,
porque esse almoço demorou muito.

Isso é à tarde ou à noite? Normalmente.

O almoço é no horário normal, em torno de uma duas horas
Meio dia, uma hora.
Meio dia, é.
E também sempre tem uma baguete. A baguete é como se fosse o arroz e
feijão. Pra eles é a baguete, acompanha ali a refeição

Ah, sempre come o pão com…
O pão acompanha, né
É muito diferente da baguete que vende aqui no Brasil o gosto?
Eu não sou muito pra esse lance de comida. Mas o meu pai quando foi lá,
ele falou “nossa que trigo, que trigo é esse”
Incrível.

Interview (3/3) – French Stereotypes

O quê que você, tipo assim, de estereótipo de francês, que a gente tem no
Brasil, que você viu lá de igual, de diferente?

Estereótipo você diz.. as características físicas?
Não só física, mas aquela ideia do francês carregando a baguete debaixo
do braço.

Literalmente, ele bota a baguete debaixo do braço aí depois ele bota no
painel do carro e aí ela não fica coberta, ela fica toda exposta, só com um
pedaço de papel ali no meio pro cara botar no sovaco ali talvez.. não, tô
brincando.. (…) ela fica toda exposta, o cara bota ela no painel do carro na
moral assim, na maior, tá tudo certo, vamo pra casa e depois todo mundo
come ela.

Sério?
Aham.
É impossível aqui no Brasil fazer isso.
Eu vi isso uma vez, é…
Não, vigilância sanitária… Só que lá eles não têm problemas, né, de
doenças essas coisas, né, aqui no Brasil que a gente tem mais e aí tem que
ter mais cuidados, né? Eles tão mais tranquilos.
Pode ser né?

Eles tomam banho ou não?

Cara, teve uma vez que… essa senhora que eu tava te falando, teve uma
vez que eu fui lá. Aí ela faleceu, né. Eu gostava muito dela, assim, era uma
mulher, uma senhora fantástica. É.. e aí eu fui no, é tipo o enterro dela, na

verdade ela foi cremada, né? Aí teve uma cerimônia, antes da cremação eu
acho, ou depois, não sei. Só sei que eu cheguei na cidade no dia do
negócio. Eu adiantei minha chegada lá para participar dessa cerimônia. E
aí quando eu tava lá eu sentei do lado de um amigo meu, francês, mano…
eu não consegui ficar do lado dele, não conseguia. Não conseguia. Eu acho
que eu ia desmaiar, eu ia passar mal. Não dava, cara.
Espero que nenhum francês se ofenda, mas aqui no Brasil a gente toma
muito banho. Eu normalmente tomo pelo menos dois banhos por dia, pelo
menos dois.

É, eu geralmente tomo dois também. Um de manhã, outro de noite. Eu,
assim, pra mim é horrível dormir sem tomar banho.
Sim, também não consigo. Muito difícil.
Eu fico, não sei, eu fico muito surpreso quando eu… A primeira vez que eu,
assim, me liguei, falei “caramba, as pessoas não tomam banho”, eu fiquei,
eu fiquei assustado. Confesso que eu fiquei assustado.

É totalmente normal uma pessoa chegar no trabalho de terno, um cara
com um terno cara, um terno todo fino, todo elegante, aí você vai ver
chegar do lado do cara o cara tá fedendo, não tomou banho, normal.
Muito estranho pra gente aqui. É muito estranho mesmo, porque a gente
é muito limpo. Muito limpo mesmo.
Verdade.

É normal também, por exemplo, eu lembro que tinha um… assim como
estou dizendo, é uma característica do francês. Mas eu amo do povo
francês, se precisar eu fico sem tomar banho, eu não tenho problema.

A gente participa, né? Tá certo

Participo, é.. é bom que gasta menos água, aí… o mundo tá precisando de
água. Mas aí uma dia eu fui num restaurante, e aí tinha uma sinuca no
fundo e aquele ambiente ficava fechado. Cara, o ambiente ficava
permanentemente é.. com um mau cheiro de fedor dos outros cara
(redundante), né ficava com o cheiro do sovaco da galera o tempo todo.
Você entrava lá você percebia, depois de uns 15 minutos você se adapta.

Você acostuma, né
Acostuma.
É, quem tá no meio do cheiro ruim se acostuma, é verdade.